Apanhar o barco (dos Piratas!) em andamento...





Isto de substituir um actor num espectáculo que já vai a meio da sua carreira, diz-se que é como apanhar um combóio em andamento - ou neste caso, um barco de Piratas...
É o que me vai acontecer, já a partir desta quinta-feira, dia 2 de Abril.
Vou estrear-me na Revista à Portuguesa, lá mesmo no coração do teatro lisboeta: o Parque Mayer.
Uma ausência forçada do meu amigo Telmo Miranda fez com que fosse chamado a entrar nesta aventura, quase sem tempo para respirar.
Em quase vinte anos que já levo de teatro, ainda não tinha tido esta experiência. Depois de tantos outros palcos, entre musicais e óperas, tragédias e comédias, na rua ou em "salas-estúdio", já só me faltava mesmo fazer Revista...
Vejo a estreia aproximar-se com um misto de euforia e curiosidade, profundo respeito por uma tradição secular e cheia de particularidades que não domino, e um enorme desejo de aprender, porque em todos os momentos da vida, e especialmente nas coisas novas, é isso o que há de melhor!

Por este feliz encontro tenho de agradecer à minha querida Marina Mota, profissional incomparável que várias vezes me desafiou para estas aventuras (cá estamos, finalmente!), e ao Hélder Freire Costa, por não deixar de acreditar que Lisboa merece um Parque Mayer.
Agradeço também ao meu amigo Telmo Miranda, por uma "passagem de testemunho" sem qualquer solavanco, generoso e profissional como sempre o conheci.
E agradeço a toda a fantástica equipa que fui encontrar, actores, bailarinos, músicos, técnicos, criativos e profissionais de teatro, que me receberam de braços abertos neste louco Barco de Piratas!

Já sabem: se quiserem ver e ouvir Mário Redondo numa Revista à Portuguesa, lá estarei, no Parque Mayer, de 5ª a Domingo às 21h30, e Sábado e Domingo também às 16h30. Pelo menos até fim de Maio!

E digam lá que a minha vida profissional é aborrecida!?


P.S. - Uma infeliz coincidência fez com que nesta altura da minha estreia na Revista "Piratada à Portuguesa", ocorresse o falecimento de Fernando Correia Martins, compositor da música do espectáculo e seu maestro residente. Não posso deixar de endereçar aqui as minhas condolências sentidas à família e amigos mais próximos, ainda estupefacto e aterrado por essa notícia devastadora. Foram poucas as ocasiões em que com ele privei, as primeiras das quais já há quinze anos, mas sempre me marcou a sua alegria aparentemente inabalável no trabalho, e o seu trato delicado e afectuoso com todos. O seu talento, felizmente, foi público e notório. Continuará a sê-lo, de cada vez que subir o pano no Parque.

Comentários

  1. Querido Mário Daniel:
    Hoje domingo à tarde, fui assistir à "Piratada" e gostei bastante.Até diria que tinhas experiência de revista, pois na minha opinião, vais muito bem. .Eu "talvez" possa ser suspeita, dado a minha amizade por ti, mas um snr. que estava ao meu lado, comentou que eras muito bom actor. Eu aproveitei logo para dizer que eras meu amigo!
    Do S.Carlos para o Parque Mayer ou vice-versa só
    dignifica a tua qualidade artística.Parabéns e um beijo amigo da Maria Júlia

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